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trabalhos:resumos [2021/05/26 23:47]
jennifervasconcelosjdsv2
trabalhos:resumos [2021/05/27 00:12]
jennifervasconcelosjdsv2
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 **Resumo:** A presente dissertação teve como objetivo investigar se padrões presentes nas comunidades arbóreas adultas podem ser gerados por diferenças em aspectos relacionados ao nicho de regeneração das espécies. Nosso modelo de estudo foram duas florestas de restinga localizadas na Ilha do Cardoso, litoral sul do estado de São Paulo. A floresta de restinga alta (RA) é uma formação geologicamente mais antiga e possui dossel mais fechado que a floresta de restinga baixa (RB). No Capítulo 1, investigamos se as inversões de abundância das árvores adultas entre RA e RB podem ser geradas devido ao desempenho diferenciado destas espécies ainda na fase de plântula, devido à atuação do filtro ambiental luminosidade. Hipotetizamos que as espécies apresentem pior desempenho no estágio de plântula na floresta em que são menos abundantes como adultos, devido a uma demanda conflitante entre crescimento e sobrevivência. Esperávamos também que a mortalidade por patógenos fosse a principal causa de mortalidade das plântulas na floresta mais sombreada. Realizamos um experimento manipulativo em campo com seis espécies arbóreas, no qual plântulas com um mês após a germinação foram transplantadas nas duas florestas e no viveiro. Acompanhamos o desempenho destas plântulas durante nove meses. Não houve diferenças no desempenho das espécies entre as duas florestas estudadas, exceto na sobrevivência de Clusia criuva (no sentido esperado) e de Tapirira guianensis (sentido oposto ao esperado). Diferente do esperado, a principal causa de mortalidade de todas as espécies foi a herbivoria severa e não foi observado um conflito entre crescimento e sobrevivência. No Capítulo 2 investigamos se as diferenças de tamanho de semente entre as espécies arbóreas zoocóricas podem gerar diferenças nos padrões da comunidade adulta e essas diferenças ocorrem devido à atuação do filtro ambiental da luminosidade ou apenas devido às diferenças de capacidade de dispersão das espécies. Acompanhamos a chuva de sementes das espécies zoocóricas arbóreas durante quatro anos nas duas florestas e verficamos que a capacidade de dispersão ativa está negativamente relacionada ao tamanho de sementes, como é previsto por ambas as hipóteses (filtro ambiental e capacidade dispersão). Além disso, a relação entre a produção média de sementes e o tamanho de sementes apresentou um padrão triangular, de modo que as espécies de sementes grandes apresentam sempre baixas produções. Comparamos os tamanhos médios de sementes e a amplitude de tamanhos de sementes dos indivíduos e espécies estabelecidos como adultos nas duas florestas (DAP>= 5cm). Verificamos que a RA apresenta tamanho médio de semente e amplitude de tamanhos de sementes maiores que a RB. Além disso, a composição florística da RB está aninhada na composição da RA. Assim, hipotetiamos que as diferenças na capacidade de dispersão das espécies, aliadas às diferenças de idade das florestas são responsáveis pela distribuição de tamanho de sementes dos adultos estabelecidos nas duas florestas. Por fim, no capítulo 3, realizamos uma revisão bibliográfica sobre o papel dos microorganismos do solo no nicho de regeneração das espécies arbóreas tropicais. Foram encontrados estudos que abordam apenas a atuação de fungos, seja em interações positivas (fungos micorrízicos) ou negativas (fungos patogênicos). Discutimos os principais fatores e características associadas à mortalidade por patógenos do solo, bem como relações levantadas pelos estudos pioneiros que não foram corroboradas ou testadas. ​ **Resumo:** A presente dissertação teve como objetivo investigar se padrões presentes nas comunidades arbóreas adultas podem ser gerados por diferenças em aspectos relacionados ao nicho de regeneração das espécies. Nosso modelo de estudo foram duas florestas de restinga localizadas na Ilha do Cardoso, litoral sul do estado de São Paulo. A floresta de restinga alta (RA) é uma formação geologicamente mais antiga e possui dossel mais fechado que a floresta de restinga baixa (RB). No Capítulo 1, investigamos se as inversões de abundância das árvores adultas entre RA e RB podem ser geradas devido ao desempenho diferenciado destas espécies ainda na fase de plântula, devido à atuação do filtro ambiental luminosidade. Hipotetizamos que as espécies apresentem pior desempenho no estágio de plântula na floresta em que são menos abundantes como adultos, devido a uma demanda conflitante entre crescimento e sobrevivência. Esperávamos também que a mortalidade por patógenos fosse a principal causa de mortalidade das plântulas na floresta mais sombreada. Realizamos um experimento manipulativo em campo com seis espécies arbóreas, no qual plântulas com um mês após a germinação foram transplantadas nas duas florestas e no viveiro. Acompanhamos o desempenho destas plântulas durante nove meses. Não houve diferenças no desempenho das espécies entre as duas florestas estudadas, exceto na sobrevivência de Clusia criuva (no sentido esperado) e de Tapirira guianensis (sentido oposto ao esperado). Diferente do esperado, a principal causa de mortalidade de todas as espécies foi a herbivoria severa e não foi observado um conflito entre crescimento e sobrevivência. No Capítulo 2 investigamos se as diferenças de tamanho de semente entre as espécies arbóreas zoocóricas podem gerar diferenças nos padrões da comunidade adulta e essas diferenças ocorrem devido à atuação do filtro ambiental da luminosidade ou apenas devido às diferenças de capacidade de dispersão das espécies. Acompanhamos a chuva de sementes das espécies zoocóricas arbóreas durante quatro anos nas duas florestas e verficamos que a capacidade de dispersão ativa está negativamente relacionada ao tamanho de sementes, como é previsto por ambas as hipóteses (filtro ambiental e capacidade dispersão). Além disso, a relação entre a produção média de sementes e o tamanho de sementes apresentou um padrão triangular, de modo que as espécies de sementes grandes apresentam sempre baixas produções. Comparamos os tamanhos médios de sementes e a amplitude de tamanhos de sementes dos indivíduos e espécies estabelecidos como adultos nas duas florestas (DAP>= 5cm). Verificamos que a RA apresenta tamanho médio de semente e amplitude de tamanhos de sementes maiores que a RB. Além disso, a composição florística da RB está aninhada na composição da RA. Assim, hipotetiamos que as diferenças na capacidade de dispersão das espécies, aliadas às diferenças de idade das florestas são responsáveis pela distribuição de tamanho de sementes dos adultos estabelecidos nas duas florestas. Por fim, no capítulo 3, realizamos uma revisão bibliográfica sobre o papel dos microorganismos do solo no nicho de regeneração das espécies arbóreas tropicais. Foram encontrados estudos que abordam apenas a atuação de fungos, seja em interações positivas (fungos micorrízicos) ou negativas (fungos patogênicos). Discutimos os principais fatores e características associadas à mortalidade por patógenos do solo, bem como relações levantadas pelos estudos pioneiros que não foram corroboradas ou testadas. ​
 +
 +=== CARVALHO, Gabriel Martins de ===
 +[[http://​www.biblioteca.uesc.br/​pergamum/​biblioteca/​index.php|Dissertação completa.pdf]]
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 +**Influência de processos estocásticos sobre a estruturação de comunidades em Floresta de Tabuleiros, Bahia, Brasil**
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 +**Resumo:** A compreensão dos fatores que possibilitam a coexistência de grande número de espécies em
 +florestas tropicais é um dos objetivos centrais em ecologia vegetal. Estudos indicam que a
 +substituição de espécies (diversidade beta) pode explicar as altas diversidades (alfa) nessas
 +florestas. Processos tanto determinísticos quanto estocásticos podem determinar as
 +distribuições das espécies, afetando as taxas de substituição de espécies ao longo dessas
 +comunidades. Nesse contexto, o presente estudo buscou avaliar variações em composição e
 +abundâncias de espécies de árvores, bem como dos seus atributos morfométricos (diâmetros e
 +alturas) entre dois tipos de hábitats em Floresta de Tabuleiros. Essas Florestas ocorrem ao
 +longo de uma formação geológica que caracteriza-se por amplos platôs entrecortados por vales.
 +Características edáficas e de luminosidade variam entre essas unidades topográficas e, se esses
 +fatores forem importantes para definir a estrutura destas comunidades,​ espera-se que as
 +comunidades de árvores sejam diferentes. Foram amostrados 1810 indivíduos arbóreos e 349
 +morfoespécies com DAP > 5cm ao longo de dez unidades amostrais de 0,1 ha. Foram
 +realizadas comparações entre os hábitats quanto à composição,​ estrutura e fisionomia. Além
 +disso, foi testada a ocorrência de espécies indicadoras de hábitats. As espécies mais abundantes
 +nos platôs foram //Manilkara multifida//,​ //Eugenia rostrata//, //Rinorea guianensis//​ e //​Paypayrola
 +blanchetiana//​. Nos vales foram //​Actinostemon verticilatus//,​ //E. rostrata//, //P. blanchetiana//​ e
 +//​Helicostylis tomentosa//​. Foi observada alta substituição de espécies entre as amostras mesmo
 +dentro de um mesmo hábitat, não havendo a ocorrência de conjuntos característicos de
 +espécies em cada um deles. Não foram observadas diferenças significativas entre os hábitats
 +quanto às abundâncias totais, diâmetros e alturas das árvores ou áreas basais totais. Apenas
 +Croton macrobothrys,​ dentre as 349 espécies amostradas, mostrou-se significativamente
 +associada ao hábitat de vale. Os padrões de distribuições de espécies nessa comunidade
 +sugerem a operação de mecanismos neutros na estruturação da mesma, de modo que não é
 +possível afirmar que as espécies aqui observadas apresentam diferenciação de nicho ao longo
 +do gradiente ambiental analisado. Foram observadas diferenças nas abundâncias das espécies
 +entre os hábitats, entretanto, não foram observadas espécies exclusivas de um determinado
 +hábitat. ​
 +
  
 === VAZ, Marcel Carita === === VAZ, Marcel Carita ===
trabalhos/resumos.txt · Última modificação: 2021/12/08 01:38 por jennifervasconcelosjdsv2