Ferramentas do usuário

Ferramentas do site


trabalhos:resumos

Diferenças

Aqui você vê as diferenças entre duas revisões dessa página.

Link para esta página de comparações

Ambos lados da revisão anterior Revisão anterior
Próxima revisão
Revisão anterior
Próxima revisão Ambos lados da revisão seguinte
trabalhos:resumos [2021/09/27 15:51]
jennifervasconcelosjdsv2
trabalhos:resumos [2021/12/08 00:05]
jennifervasconcelosjdsv2
Linha 124: Linha 124:
 **Resumo:** A ocorrência de distúrbios impacta a diversidade de estratégias de vida em comunidades e a evolução de estratégias de vida em populações. Na Ecologia, o distúrbio é estudado enquanto fator ambiental que altera a disponibilidade de recursos e a abundância das populações,​ ocasionando a exclusão competitiva de espécies menos favorecidas a depender da intensidade e da frequência de sua ocorrência. Na Biologia Evolutiva, o distúrbio é avaliado enquanto pressão que, dependendo de sua regularidade no ambiente, determina a intensidade da resposta evolutiva das espécies e, assim, a adaptação a estratégias de vida de maior aptidão. Ainda que haja separação entre as duas áreas, a dinâmica ecológica influencia a dinâmica evolutiva e vice-versa. Estudos que integram Ecologia e Evolução têm sido cada vez mais recorrentes,​ no entanto, poucos ou nenhum consideram o distúrbio. Neste trabalho, utilizamos um modelo baseado em indivíduo para criar cenários nos quais os processos de adaptação e exclusão competitiva de espécies possam ocorrer, tanto conjunta quanto isoladamente,​ a fim de entender como o distúrbio determina as estratégias de vida presentes em comunidades sob dinâmicas ecológicas,​ evolutivas e eco-evolutivas. No modelo, as estratégias de vida são atributos herdáveis definidos por um trade-off entre longevidade e fecundidade. O cenário evolutivo foi composto por populações (apenas uma espécie) com mutação; o cenário ecológico, por diversas espécies sem mutação e o cenário eco-evolutivo,​ por diversas espécies com mutação. Observamos que o distúrbio esteve positivamente relacionado com a predominância de indivíduos fecundos em todos os cenários, mas o efeito do distúrbio sobre a diversidade de estratégias variou. Nos cenários evolutivo e eco-evolutivo,​ a diversidade de estratégias aumentou com a intensificação do distúrbio, enquanto no cenário ecológico a diversidade caiu. Isso indica a importância da mutação como fonte de novas variantes da estratégia quando há alta renovação de indivíduos da comunidade, condicionada pela mortalidade elevada. Apenas no cenário eco-evolutivo houve um pico de heterogeneidade de estratégias em níveis intermediários de distúrbio. Neste cenário, o isolamento reprodutivo das espécies, em contraposição à pan-mixia que ocorre dentro das populações,​ permite que as espécies difiram em relação à sua estratégia de vida média. Em paralelo, a entrada constante de variantes de estratégias por mutação previne a extinção definitiva das estratégias do sistema. Assim, quando o nível de distúrbio é intermediário,​ tanto espécies mais fecundas quanto espécies mais longevas conseguem coexistir na comunidade. Dado que os diferentes cenários resultaram em padrões distintos de frequência relativa de estratégias de vida, este trabalho evidencia a importância de estudarmos o efeito do distúrbio na estrutura e na dinâmica de comunidades unindo processos que são tipicamente estudados de forma isolada pela Ecologia e pela Biologia Evolutiva. ​ **Resumo:** A ocorrência de distúrbios impacta a diversidade de estratégias de vida em comunidades e a evolução de estratégias de vida em populações. Na Ecologia, o distúrbio é estudado enquanto fator ambiental que altera a disponibilidade de recursos e a abundância das populações,​ ocasionando a exclusão competitiva de espécies menos favorecidas a depender da intensidade e da frequência de sua ocorrência. Na Biologia Evolutiva, o distúrbio é avaliado enquanto pressão que, dependendo de sua regularidade no ambiente, determina a intensidade da resposta evolutiva das espécies e, assim, a adaptação a estratégias de vida de maior aptidão. Ainda que haja separação entre as duas áreas, a dinâmica ecológica influencia a dinâmica evolutiva e vice-versa. Estudos que integram Ecologia e Evolução têm sido cada vez mais recorrentes,​ no entanto, poucos ou nenhum consideram o distúrbio. Neste trabalho, utilizamos um modelo baseado em indivíduo para criar cenários nos quais os processos de adaptação e exclusão competitiva de espécies possam ocorrer, tanto conjunta quanto isoladamente,​ a fim de entender como o distúrbio determina as estratégias de vida presentes em comunidades sob dinâmicas ecológicas,​ evolutivas e eco-evolutivas. No modelo, as estratégias de vida são atributos herdáveis definidos por um trade-off entre longevidade e fecundidade. O cenário evolutivo foi composto por populações (apenas uma espécie) com mutação; o cenário ecológico, por diversas espécies sem mutação e o cenário eco-evolutivo,​ por diversas espécies com mutação. Observamos que o distúrbio esteve positivamente relacionado com a predominância de indivíduos fecundos em todos os cenários, mas o efeito do distúrbio sobre a diversidade de estratégias variou. Nos cenários evolutivo e eco-evolutivo,​ a diversidade de estratégias aumentou com a intensificação do distúrbio, enquanto no cenário ecológico a diversidade caiu. Isso indica a importância da mutação como fonte de novas variantes da estratégia quando há alta renovação de indivíduos da comunidade, condicionada pela mortalidade elevada. Apenas no cenário eco-evolutivo houve um pico de heterogeneidade de estratégias em níveis intermediários de distúrbio. Neste cenário, o isolamento reprodutivo das espécies, em contraposição à pan-mixia que ocorre dentro das populações,​ permite que as espécies difiram em relação à sua estratégia de vida média. Em paralelo, a entrada constante de variantes de estratégias por mutação previne a extinção definitiva das estratégias do sistema. Assim, quando o nível de distúrbio é intermediário,​ tanto espécies mais fecundas quanto espécies mais longevas conseguem coexistir na comunidade. Dado que os diferentes cenários resultaram em padrões distintos de frequência relativa de estratégias de vida, este trabalho evidencia a importância de estudarmos o efeito do distúrbio na estrutura e na dinâmica de comunidades unindo processos que são tipicamente estudados de forma isolada pela Ecologia e pela Biologia Evolutiva. ​
  
-=== PEREIRA, Thiago Mitonori ===+=== PEREIRA, Thiago Mitonori===
 [[https://​teses.usp.br/​teses/​disponiveis/​41/​41134/​tde-10102014-105432/​pt-br.php|Dissertação completa.pdf]] [[https://​teses.usp.br/​teses/​disponiveis/​41/​41134/​tde-10102014-105432/​pt-br.php|Dissertação completa.pdf]]
  
Linha 346: Linha 346:
 predominantes nessas comunidades. ​ predominantes nessas comunidades. ​
  
 +=== PEREIRA, Thiago === 
 +
 +**Efeitos da qualidade de luz na germinação de sementes das espécies de Myrtaceae da restinga da Ilha do Cardoso** ​
 +
 +**Resumo:** A família Myrtaceae é uma das famílias consideradas ecologicamente mais importantes no Brasil, especialmente na Mata Atlântica, sendo a família dominante em diversas florestas tropicais. Em áreas de restinga especificamente,​ a família Myrtaceae destaca-se pela grande riqueza de espécies, sendo, entre as arbóreas, freqüentemente a mais diversa. Entretanto, existem poucos estudos de cunho ecológico e fisiológico sobre essa família. O conhecimento sobre as condições de germinação das sementes, no caso de espécies de Myrtaceae fornece resultados que podem ser úteis tanto em estudos evolutivos sobre a família Myrtaceae, quanto para a indicação da fase sucessional correta para o uso de determinadas espécies em projetos de restauração de áreas tropicais. No presente estudo foram realizados experimentos de germinação em laboratório,​ primeiramente em luz branca e escuro para as espécies //Eugenia umbelliflora//,​ //Myrcia multiflora//​ e //​Blepharocalyx salicifolius//​ e posteriormente em diferentes razões Vermelho/​Vermelho extremo para a espécie //Eugenia umbelliflora//​. A germinação foi acompanhada a cada 2 dias, durante um período de 60 dias e adicionalmente a cada 7 dias até completar 90 dias. As sementes das três espécies germinaram na presença de luz e no escuro, indicando que as suas sementes apresentam grande plasticidade ambiental quanto, podendo ocupar diferentes ambientes em relação à qualidade de luz. //E. umbelliflora//​ e //B. salicifolius//​ se apresentaram como indiferentes à luz tendo germinação controlada pelo fitocromo A (fiA), através de uma resposta de fluência muito baixa (RFMB), enquanto M. multiflora apresentou uma maior porcentagem de germinação sob luz branca, apresentando indícios de ser fotoblástica positiva, porém necessitando de estudos complementares. Os testes, em diferentes níveis de V/VE, para //E. umbelliflora//​ reforçam que essa espécie tem ampla plasticidade ambiental, com a capacidade de germinar tanto em clareiras quanto sob o dossel.
  
trabalhos/resumos.txt · Última modificação: 2021/12/08 01:38 por jennifervasconcelosjdsv2