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trabalhos:resumos [2021/12/08 00:51] jennifervasconcelosjdsv2 |
trabalhos:resumos [2021/12/08 01:38] jennifervasconcelosjdsv2 |
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Linha 411: | Linha 411: | ||
escala da fisionomia como um todo, embora processos seletivos como a filtragem | escala da fisionomia como um todo, embora processos seletivos como a filtragem | ||
ambiental ou competição possam ter um papel secundário na estruturação de | ambiental ou competição possam ter um papel secundário na estruturação de | ||
- | vizinhanças locais. | + | vizinhanças locais. |
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+ | === MORETTO, Felipe Alexandre === | ||
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+ | **Regeneração natural e diversidade de plântulas em um ecossistema de transição planície costeira - encosta** | ||
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+ | **Resumo:** A comunidade de plântulas da planície costeira do município de | ||
+ | Caraguatatuba foi estudada em um fragmento de 50 hectares de Floresta de | ||
+ | Transição Restinga – Encosta. A área de estudo foi descrita por meio de 40 | ||
+ | conjuntos de 3 parcelas de 1m x1m totalizando uma área de 120m2, sendo que 23 | ||
+ | conjuntos estavam em condição alagada e 17 em condição não alagada (seca). | ||
+ | Foram obtidas medidas de abertura de dossel com o auxilio do densiômetro. Ao total | ||
+ | foram identificadas 507 plântulas, representando uma média de 4,23 plântulas por | ||
+ | m2. Foi possível observar uma riqueza elevada, com 82 espécies diferentes. As | ||
+ | espécies mais abundantes foram //Calypthrantes sp// (107), //Myrtaceae sp1// (82) e | ||
+ | //Annona cf reticulada// (19). A família Myrtaceae apresentou a maior riqueza de | ||
+ | espécies, totalizando 18 espécies. As parcelas alagadas apresentaram em média, | ||
+ | 9,99 plântulas por 3m2 e as secas 15,69 por 3m2. A média de espécies nas áreas | ||
+ | alagadas foi de 3,69 espécies por 3m2 e nas parcelas secas foi de 6,11 plântulas por | ||
+ | 3m2. As predições deste estudo foram que as áreas alagadas deveriam conter o | ||
+ | menor número de espécies e a menor riqueza de espécies em relação ás áreas não | ||
+ | alagadas. Para a abertura de dossel era esperado que áreas mais abertas | ||
+ | possuíssem maior numero de plântulas e maior riqueza de espécies. No entanto | ||
+ | após a aleatorização dos dados não foi possível observar que áreas alagadas | ||
+ | tinham menor riqueza e menor número de espécies (p =0,33). O aumento da | ||
+ | porcentagem da abertura do dossel não afetou significativamente o número de | ||
+ | plântulas (p= 0,23) nem a riqueza de espécies (p=0,44). Dessa forma, os resultados | ||
+ | indicam que essa variáveis ambientais não são suficientes para explicar a variação | ||
+ | observada na abundância e na riqueza de espécies de plântulas nesse ecossistema. | ||
+ | No entanto outros fatores podem ser limitantes para o estabelecimento de plântulas. | ||
+ | Entre os fatores possíveis, a perturbação antrópica da área para retirada do palmito | ||
+ | (Euterpe edulis), o grande número de trilhas traçadas na região (pisoteio de mudas) | ||
+ | e a competição com as herbáceas merecem estudos mais detalhados no futuro. | ||
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+ | === DIAS, Julia de Freitas === | ||
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+ | **Levantamento de Produção de Mudas de Espécies de Restinga em Viveiros do Estado de São Paulo: Implicações para a restauração ecológica** | ||
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+ | **Resumo:** Para ser viável a realização de projetos de restauração seguindo as indicações científicas e da | ||
+ | legislação é essencial que exista disponibilidade de mudas em viveiros com alta diversidade | ||
+ | de espécies e, se possível, genética. Com o propósito de conhecer a disponibilidade atual de | ||
+ | mudas, a capacidade de produção e os principais limitantes para a produção de uma alta | ||
+ | diversidade de espécies de ambientes de restinga, foi realizado um levantamento dos viveiros | ||
+ | que trabalham com mudas de espécies deste ecossistema no Estado de São Paulo. No total, | ||
+ | foram contatados 122 viveiros e 41 municípios, resultando em apenas seis viveiros que | ||
+ | produzem mudas a partir de material proveniente de áreas de restinga. A definição do perfil | ||
+ | da produção de mudas de restinga nestes seis viveiros foi feita por meio de aplicação de | ||
+ | questionários técnico e administrativo. Entre os principais resultados obtidos neste | ||
+ | levantamento, pode-se destacar a pequena quantidade de mudas de restinga produzidas no | ||
+ | litoral norte, as dificuldades na etapa de obtenção sementes relacionadas ao processo de | ||
+ | coleta, a desarticulação dos setores envolvidos na produção de mudas de restinga, a ínfima | ||
+ | participação dos municípios na produção de mudas e a percepção dos produtores de mudas | ||
+ | sobre mudanças dos períodos de frutificação das espécies em suas áreas de coleta. Este estudo | ||
+ | evidencia a atual carência da produção de mudas de restinga e pode servir como um | ||
+ | instrumento de divulgação dos viveiros que trabalham com este ecossistema, facilitando o | ||
+ | contato entre eles e com grupos de planejamento de restauração. | ||
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+ | === HAGA, Eloísa Brandão === | ||
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+ | **Existe relação entre características morfológicas da semente e o tempo de germinação em espécies simpátricas da família Myrtaceae em uma floresta de restinga?** | ||
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+ | **Resumo:** Em áreas de restingas brasileiras, que são encontradas ao longo da costa do Brasil, no | ||
+ | domínio da Floresta Atlântica, a família Myrtaceae destaca-se pela alta riqueza de espécies, | ||
+ | além da alta densidade de indivíduos. Apesar da sua importância na estrutura das florestas, | ||
+ | estudos voltados à ecologia dessa família ainda são escassos. Analisar se as características da | ||
+ | semente (tamanho da semente, espessura do tegumento e morfologia da plântula) estão | ||
+ | relacionadas com o tempo de germinação e como o tempo de germinação e essas | ||
+ | características estão distribuídos em relação à filogenia da família, pode fornecer indícios | ||
+ | sobre o papel de fatores ecológicos ou filogenéticos como reguladores do estabelecimento das | ||
+ | espécies. Foram realizados os experimentos com 10 espécies de Myrtaceae, cujas sementes | ||
+ | foram pesadas, o comprimento do maior eixo e a espessura do tegumento foram medidos e a | ||
+ | morfologia da plântula foi descrita. As sementes foram colocadas para germinar e foram | ||
+ | submetidas a um tratamento de luz branca e um tratamento de escuro total. O fotoperíodo e a | ||
+ | temperatura foram mantidos constantes em, respectivamente, 12h e 22,3 ̊C. O número de | ||
+ | sementes germinadas foi avaliado a cada 2 dias durante um período de 60 dias e | ||
+ | adicionalmente a cada 7 dias até completar 90 dias. Não foi observada relação entre o | ||
+ | tamanho das sementes e o tempo médio de germinação e nem entre a espessura do tegumento | ||
+ | e o tempo médio de germinação. Estes resultados sugerem que as interações ecológicas não | ||
+ | parecem ser tão importantes para moldar o tempo de germinação dessas espécies. Nenhuma | ||
+ | restrição filogenética foi observada, pois tanto as características analisadas da semente quanto | ||
+ | os tempos médios de germinação estão distribuídos entre diferentes grupos filogenéticos | ||
+ | dentro da família. A relação entre a morfologia da plântula e o tempo médio de germinação | ||
+ | foi observada, indicando uma possível restrição biofísica, pelo fato, da radícula estar | ||
+ | envolvida pelos cotilédones de reserva, resultando no atraso da germinação. Além disso, é | ||
+ | possível que um fator ecológico esteja influenciando o tempo de germinação dessas espécies, | ||
+ | uma vez que as espécies com cotilédones fotossintéticos apresentaram germinação mais | ||
+ | rápida, o que poderia favorecer a obtenção de uma maior quantidade de luz, aumentando as | ||
+ | chances de estabelecimento antes que outras espécies se estabeleçam e formem sombra sobre | ||
+ | elas. | ||
=== PEREIRA, Nathália Helena Azevedo === | === PEREIRA, Nathália Helena Azevedo === |