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-====== Programa Ecologia ====== 
-{{:​projetos:​restinga:​restsul:​eco:​esqestrcom.png?​400 ​ |}} 
-O Programa Ecologia tem por objetivo a construção do conhecimento científico sobre os fatores que determinam a estruturação das comunidades de restinga, na forma de um Programa de Pesquisa ((sensu Imre Lakatos)) . Estamos embasados em um arcabouço teórico relacionados a filtros ecológicos ​ e  variação na hierarquia de importância de diferentes processos em diferentes escalas ((veja figura ao lado)). As teorias e processos que estamos interessados são: nicho, teorias neutra de Hubbell, metapopulações,​ biogeografia de ilhas, gradiente de estresse ambiental, terias de montagem de comunidades,​ limitação de dispersão, competição,​ facilitação,​ estruturação funcional de comunidades,​ entre outras teorias da ecologia. 
  
-Para que os fatores determinantes da estruturação de comunidades de restinga possam ser 
-investigados é fundamental que os **padrões** sejam primeiramente descritos. Dessa forma, estão 
-sendo estudados aspectos relacionados à **composição e estrutura** dos ecossistemas de restingas, 
-assim como os mecanismos geradores e mantenedores desses padrões. 
- 
-<WRAP center round box 60%> 
-A [[projetos:​pp_peic:​pp_peic|Parcela Permanente da Restinga]] criou a base de dados inicial dos estudos do programa ecologia na restinga do Labtrop, veja mais informações em: 
-  * [[projetos:​pp_peic:​pp_peic|]] 
-</​WRAP>​ 
- 
-==== DESCRIÇÃO DAS FISIONOMIAS E CONSTRUÇÃO DE MODELOS CONCEITUAIS ==== 
-A tese de mestrado da aluna Mariana Brando Faria marca o inicio da descrição dos ambientes florestais das restingas da Ilha do Cardoso e a construção de um modelo de estruturação das principais fisionomias vegetais: 
-<box blue 600px| Modelo conceitual da estruturação da Restinga baixa - Mariana Faria> 
-{{:​projetos:​restinga:​restsul:​eco:​esqmodrb.png?​600|Restinga Baixa}} 
-{{:​projetos:​restinga:​restsul:​eco:​esqmodra.png?​600|}} 
- 
-Esse modelo defende a hipótese que a estrutura das florestas alta e baixa de restinga é mantida por uma interação entre condições edáficas e a própria estrutura da vegetação. Solos arenosos mais jovens e com menos matéria orgânica incorporada seriam mais pobres e com menor capacidade de retenção de água. Por essa razão comportariam uma densidade e diversidade de árvores menor. Por outro lado, a vegetação sobre esses solos seria mais aberta, favorecendo a germinação de sementes e produzindo um banco de plântulas mais denso e diversificado. A inversão na diversidade na restinga baixa entre jovens e adultos se daria, então, por uma forte competição na fase de plântula, dada a maior densidade, sendo excluídas as espécies piores competidoras. O processo inverso estaria acontecendo na Restinga alta.  ​ 
-A partir desse modelo e em suas modificações,​ outros trabalhos foram realizados. Alguns dos padrões preditos por esse modelo foram verificados e outros padrões previstos não.  
- 
- 
-  * [[http://​www.teses.usp.br/​teses/​disponiveis/​41/​41134/​tde-15122008-101351/​pt-br.php|Diversidade e regeneração natural de árvores em florestas de restinga na ilha do Cardoso, Cananéia, SP, Brasil]] - Mariana Brando Balazs da Costa Faria 
-</​box>​ 
-==== Padrões e Processos ==== 
-A organização das pesquisas no Labtrop passa pelo processo da (1) descrição dos padrões; (2) geração de hipõtese, (3) teste dessas hipótese, (4) geração de hipótese alternativas. Quando iniciamos os estudos na restinga notamos que as descrições mais básicas ainda não estavam descritas ou publicadas. O próprio padrão de aumento da biomassa do mar em direção ao interior foi contestado por referees que desconhecem o sistema. Portanto, temos sempre tentado agrupar trabalhos que testam hipóteses através da busca do padrão previsto, com exeperimentações em campo para testar com maior poder de inferência os mecanismos geradores. ​ 
- 
-<box blue 600px| Demandas Conflitantes - Daniela Zanelato>​ 
-{{:​projetos:​restinga:​restsul:​eco:​daniplant.png?​300 ​ |}} 
-Esse estudo teve como objetivo investigar se padrões presentes nas comunidades arbóreas 
-adultas podem ser gerados por diferenças em aspectos relacionados ao nicho de regeneração das 
-espécies. Nosso modelo de estudo foram duas florestas de restinga localizadas na Ilha do Cardoso, 
-litoral sul do estado de São Paulo. A floresta de restinga alta (RA) é uma formação geologicamente 
-mais antiga e possui dossel mais fechado que a floresta de restinga baixa (RB). 
-  * [[http://​www.teses.usp.br/​teses/​disponiveis/​41/​41134/​tde-07012013-081038/​pt-br.php|Comunidades arbóreas em florestas de restinga: o papel das demandas conflitantes e dos inimigos naturais no nicho de regeneração]]- Daniela Zanelato 
-</​box>​ 
- 
-<box blue 600px | Estratégias de vida e distãncia filogenética de árvores - Gabriel Frey> 
-{{:​projetos:​restinga:​restsul:​eco:​filogabriel.jpg?​200 ​ |}} 
-A estratégia de plantas está diretamente associada a suas taxas vitais e essas, por sua vez, fortemente associadas a aptidão das espécies. Estudamos as taxas vitais de espécies arbóreas na restinga e relacionamos as  estratégias das espécies com a distância filogenética entre elas e dessa forma verificar se a limitação de similaridade ou filtragem ambiental é mais importante na montagem dessa comunidade. 
- 
-  * [[http://​www.teses.usp.br/​teses/​disponiveis/​41/​41134/​tde-15102013-155722/​pt-br.php|Estrutura filogenética e demografia de árvores em uma floresta de restinga]]- Gabriel Ponzoni Frey 
-</​box>​ 
- 
-<box blue 600px| Hipótese de Fuga - Marcia Pannuti> 
-{{:​projetos:​restinga:​restsul:​eco:​herbjanzcon.jpeg?​300 ​ |}} 
-Muitas teorias, englobando diferentes fatores e mecanismos, já foram postuladas para explicar a alta coexistência de espécies arbóreas nos trópicos, a qual permanece como uma questão intrigante e subentendida na ecologia vegetal. O estudo da dinâmica de árvores ao nível populacional contribui e embasa, por sua vez, o entendimento desses fatores e mecanismos atuando ao nível da comunidade. O objetivo geral do presente estudo foi investigar alguns aspectos relacionados com a dinâmica de uma espécie arbórea comum Calophyllum brasiliens Camb.(Clusiaceae) em floresta de restinga alta Ilha do Cardoso, Cananéia, SP. Para isso, além de termos testado se a sobrevivência e o desempenho de suas plântulas estavam relacionados com níveis de herbivoria dependentes da densidade, testamos se a ocorrência da espécie apresentava associação com hábitats de solo e caracterizamos sua distribuição espacial na área de estudo. ​ 
-  * [[http://​www.teses.usp.br/​teses/​disponiveis/​41/​41134/​tde-08072009-171537/​pt-br.php|Aspectos da distribuição espacial, associação com hábitat e herbivoria dependente da densidade de Calophyllum brasiliense Camb. (Clusiaceae) em restinga alta na Ilha do Cardoso, Cananéia, SP, Brasil ]] - Marcia Ione da Rocha Pannuti 
-</​box>​ 
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-<box blue 600px| Facilitação por Leguminosas - Julia Stuart> 
-{{:​projetos:​restinga:​restsul:​eco:​mapabaliziaterns.png?​200 ​ |Mapa de ocorrência de árvores de Balizia pedicellaris e jovens de Ternstroemia brasiliensis }} 
- 
-Leguminosas estão geralmente associadas com bactérias que fixam nitrogênio atmosférico em nódulos nas raízes. Em solos muito pobres é esperado que essa associação seja ainda mais intensa e importante, por compensar sobremaneira o gasto energético pela planta, relacionada à associação. O objetivo desse trabalho foi testar se há uma melhora nas condições nutricionais ao redor de indivíduos arbóreos grandes de leguminosa e se isso acarreta uma associação de facilitação com outras espécies. ​ 
-  * [[http://​www.teses.usp.br/​teses/​disponiveis/​41/​41134/​tde-16052011-115647/​pt-br.php|cLeguminosas fixadoras de nitrogênio facilitam outras espécies arbóreas em uma floresta de restinga?​]]- Julia Stuart 
-</​box>​ 
- 
-====== Teoria do Gradiente de Estresse ====== 
-{{:​projetos:​restinga:​perfilterreno.jpg?​400 ​ |}} 
-Uma teoria muito aclamada na ecologia atual é a do "​Gradiente de Estresse"​. Esse teoria prevê maior facilitação entre plantas quando as condições ambientais abióticas (temperatura,​ dessecamento,​ deficit nutricional) são mais difíceis e uma maior competição,​ quando as condições são mais amenas. A restinga, por apresentar um gradiente de estresse bem marcado, associado à distância do mar e variações na condição do solo, é um sistema muito adequado para testar essa teoria.  ​ 
- 
-<box blue 600px| Gradiente de estresse na Restinga - Camila Castanho>​ 
- ​{{:​projetos:​restinga:​restsul:​eco:​dsc_0109.jpg?​400 ​ |}} 
-A tese de doutorado da Camila Castanho marca o inicio de experimentações mais robustas para teste de hipóteses no Labtrop. A experimentação manipulativa bem conduzida em campo é um instrumento poderoso para entendermos os processos subjacentes aos padrões observados e nesse trabalho Camila propõem que uma modificação dessa teoria seja mais adequada a esse sistema. ​ 
- * [[http://​www.teses.usp.br/​teses/​disponiveis/​59/​59139/​tde-12092005-153618/​en.php|Fatores determinantes no processo de decomposição em florestas do Estado de São Paulo]] - Camila de Toledo Castanho 
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-</​box>​ 
- 
-===== Projetos Realizados ​ ===== 
-A estrutura das comunidades é determinada essencialmente por interações não-lineares entre (1) processos estocásticos,​ (2) tolerâncias específicas de espécies a um gradiente de condições abióticas, (3) interações positivas e negativas diretas e indiretas entre plantas, e (4) interações diretas com outros organismos, dentro e entre níveis tróficos. O projeto Conserva Restinga tem estudos tratando de todas esses tópicos. 
-Abaixo a lista de projetos realizados ou em realização até 2013. 
-  * 1. Facilitação e competição entre plantas: um estudo experimental em um gradiente de restinga. (em fase final) Camila de Toledo Castanho, Alexandre Adalardo de Oliveira e Paulo Inácio K. L. Prado 
-  * 2. Leguminosas fixadoras de nitrogênio facilitam o desempenho de espécies arbóreas em uma floresta de restinga? (finalizado) Julia Stuart e Alexandre Adalardo de Oliveira 
-  * 3. A comunidade arbórea adulta e a chuva de sementes em florestas de restinga sob três condições edáficas distintas. (finalizado) Mariana B. B. C. Faria, Daniela Zanelato, Adriana M. Z. Martini e Alexandre Adalardo Oliveira 
-  * 4. A regeneração natural e fatores determinantes na dominância de espécies em Florestas de Restinga na Ilha do Cardoso, Cananéia, SP, Brasil. (finalizado) Mariana B. B. C. Faria, Daniela Zanelato e Alexandre Adalardo de Oliveira 
-  * 5. Efeitos da herbivoria, distância e densidade de coespecíficos na sobrevivência e desempenho de plântulas de Calophyllum brasiliense (Clusiaceae) em floresta de restinga alta na Ilha do Cardoso, Cananéia, SP. (finalizado) Marcia Ione da Rocha Pannuti e Alexandre Adalardo de Oliveira 
-  * 6. Estruturação e dinâmica de uma floresta de restinga e sua comparação com outras florestas tropicais: estudo em parcelas permanentes. (finalizado) Alexandre Adalardo de Oliveira, Renato A. F. Lima e Adriana M. Z. Martini 
-  * 7. Distribuição espacial de bromélias tanque terrestres em restinga: causas e consequências. (finalizado) Nathália H. A. Pereira e Adriana M. Z. Martini 
-  * 8.  O tamanho de sementes na estrutura das florestas de restinga: limitação de dispersão ou filtros ambientais? (em fase final) Daniela Zanelato, Alexandre Adalardo de Oliveira, Mariana B.B.C. Faria, Adriana M.Z. Martini ​ 
-  * 9. Germinação de espécies arbóreas de restinga da Ilha do Cardoso, Cananéia, SP: efeito da luz ou efeito maternal? ​ (finalizado) Diana C.C. da Graça e Alexandre Adalardo de Oliveira 
-  * 10. Existe relação entre o tamanho da semente e o tempo de germinação em espécies simpátricas da família Myrtaceae encontradas na floresta de restinga no Parque Estadual da Ilha do Cardoso? (finalizado) Eloísa Brandão Haga e Adriana M. Z. Martini. ​ 
-  * 11.  Requerimentos quanto à qualidade de luz para germinação das sementes de espécies de Myrtaceae da restinga da Ilha do Cardoso. (finalizado) Thiago M. Pereira e Adriana M. Z. Martini 
-  * 12. Espécies simpátricas de Myrtaceae divergem em seus requerimentos de germinação em uma floresta de restinga? (finalizado) Adriana M. Z. Martini ​ 
-  * 13.  Nicho de regeneração e demandas conflitantes:​ o desempenho diferenciado de plântulas arbóreas promove partição de hábitat entre florestas de restinga? (em fase final) Daniela Zanelato e Alexandre Adalardo de Oliveira 
-  * 14. Plasticidade de atributos funcionais no gradiente ambiental das comunidades de Restinga. (em andamento) ​  Leda Lorenzo & Alexandre Adalardo de Oliveira ​ 
-  * 15. Demografia e Estruturação Filogenética de uma comunidade arbórea. (em andamento) Gabriel Ponzoni Frey e Alexandre Adalardo de Oliveira 
-  * 16. Atributos funcional e associação com habitat em uma floresta de restinga. (iniciando) Juliana Vendrami e Alexandre Adalardo de Oliveira 
-  * 18. Projeto 8: Distribuição Vegetal ao Longo dos Gradientes Ambientais Estuarinos no Litoral Sul do Estado de São Paulo  
-José Pedro Nepomuceno Ribeiro e Alexandre Adalardo de Oliveira 
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-===== Artigos Publicados ===== 
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projetos/restinga/restsul/eco/start.txt · Última modificação: 2024/02/16 10:11 (edição externa)